Com o auxílio dos prismas

Já estava há algum tempo para trocar o despolido da minha câmera por um dos antigos que possuem o bipartido e o colar de microprismas. Aproveitei que ontem choveu o dia todo para efetuar a troca que estava sendo adiada semana após semana.

Um dos motivos é que possuo algumas objetivas manuais e a 50mm F1.4, quando na abertura máxima, fica bastante difícil acertar o foco. Se for apenas para disponibilizar fotos no tamanho 600×400 nem é muito problema. Mas quando a gente vê a foto no tamanho original percebe que, muitas vezes, deixa bastante a desejar.

Para macros, as vezes o foco também é bastante difícil pela pequena profundidade de campo.

Finalmente, uma objetiva autofoco significa facilidade para quem usa mas, nem sempre é sinônimo de fotos nítidas. É possível ver no artigo de Darwin Wiggett, os testes que ele fez com uma 1DS MKIII e uma D200. Mesmo usando apenas o visor da D200 (não tem ‘live view’) o resultado foi melhor.

É possível comprar um kit pronto, com todas as ferramentas necessárias para fazer a troca, mas eu preferi o método mais difícil. Utilizei o despolido de uma Nikon EM que não funcionava. Utilizei, basicamente, o mesmo procedimento descrito aqui. Meia hora depoi, estava pronto para os primeiros testes. Pensei que fosse vidro, mas o despolido é uma espécie de acrílico/plástico. Com um pouco de paciência é possível cortar e, uma lixadinha resolve os detalhes finais.

Tudo continua funcionando normal (aparentemente, já que não fiz testes para comparação das duas situações). A lente do kit (18-55mm), quando está em 55mm (F5.6) deixa uma das partes do bipartido escura dificultando a utilização dele para o foco manual (foco automatico no centro continua funcionando). Mesmo assim, o colar de microprismas serve de auxílio para o foco.

Fiz alguns testes com a 50mm F1.4 em 1.4 e considerei o resultado muito bom, mantendo uma consistência no foco que eu não conseguia antes. As condições foram propositadamente desfavoráveis. Em 1.4 (maior abertura) a objetiva não tem o melhor contraste e a iluminação incandescente e ISO400 auxiliaram para que os testes não ficassem melhores. Não houve aumento de nitidez em nenhuma das fotos, apenas redimensionamento e recorte.

Uma imagem redimensionada:

Um corte 100% da imagem anterior.

Você pode saber um pouco mais sobre o funcionamentos dos prismas aqui.

3 comentários sobre “Com o auxílio dos prismas

  1. O fato do bipartido escurecer a partir de f/5.6 é normal. Há alguns fabricantes que dizem que conseguem um bipartido claro com aberturas menores. Depois que instalei o meu o foco nas fotos com lentes manuais melhorou muito, sendo que o colar é tão útil quanto o bipertido. Uma questão importante é que como agora se é obrigado a fazer o foco no centro, é preciso um pequeno ajuste quando após o foco há um reenqueadramento, pois o plano de foco muda ao girar a câmera, o que pode ser crítico quando se usa aberturas pequenas.

  2. Troquei o despolido de minha cam.
    Não vi nenhuma facilidade que me servisse de parâmetro p continuar c ele.
    Logicamente o foco em aberturas maiores é mesmo mais fácil, mas a confusão que se cria em aberturas superiores à 4/5.6, mais ou menos, não compensa na minha opinião.
    O fato que o Rodrigo falou do foco no centro e reenquadramento, apesar de ser uma maneira normal de fazer composição tb foi outro fator que não gostei.
    Voltei p o despolido original, ainda o acho melhor.

  3. Hmmm… acaba de me dar uma idéia… Trocar o despolido da minha XTi pelo “despolido” da minha Zenit que está aposentada.

    Como a Zenit só tem lentes manuais, também tem um despolido com prisma central e micro-prismas.

    O despolido da XTi é muito ruim para foto manual, principalmente com a 50/1.4.

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